Esse suposto “mau conselho” dado por ela se encontra no livro Temperança, p. 158:
“Eu recomendaria deixá-los [os filhos] sem comida pelo menos por três dias, até que sintam fome bastante para tomar o alimento saudável”.
Ellen White foi mãe de quatro filhos e, por experiência, sabia como educar o paladar das crianças para que elas comessem coisas mais saudáveis.
A citação está no contexto em que ela aborda a ignorância de muitas mães quanto ao cozinhar, e os efeitos que isso causa na saúde dos filhos. Veja:
“Nem a metade das mães sabem cozinhar ou o que pôr diante de seus filhos.”
Em seguida, ela afirma que essas mães negligentes “colocam perante seus filhinhos nervosos essas indigestas substâncias que ardem na garganta e por todo o caminho abaixo até às delicadas membranas do estômago, tornando-o como fogueira a arder, de modo que não reconhece a comida saudável”.
Por causa dessa alimentação inadequada, “os pequeninos chegam à mesa, e não podem comer isto, ou aquilo. Tomam controle e comem justamente o que querem, seja ou não para benefício seu”.
Se algo urgente não for feito, os filhos com o paladar pervertido só comerão “besteiras”, comprometendo assim a saúde e a vida! Nesse contexto é que Ellen White recomenda deixar as crianças ficarem com fome “até que sintam fome bastante para tomar o alimento saudável”.
Caso isso levasse três dias (com certeza Ellen White sabia que, em muitos casos, um dia já seria suficiente), era melhor ficar um tempo com fome do que comer aquilo que mal trata o organismo e afeta até mesmo o comportamento. É claro que nesse período de três dias as crianças estariam bebendo algo (água e suco) e comeriam nem que fosse um pouquinho do alimento saudável. Elas não iriam morrer de fome por isso.
O princípio exposto por ela no parágrafo é o de reeducar o apetite dos filhos para que eles aprendam a viver de maneira saudável, com qualidade de vida. Ela também mostra na mesma página que “não devemos condescender com o apetite das crianças, apresentando-lhes essas comidas indigestas”. Nada mais.
Isso não mata ninguém, pelo contrário: reeducar o gosto pelos alimentos diminui o risco de doenças, aumenta o tempo de vida e a utilidade na sociedade.
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