Um antitrinitariano me escreveu o seguinte:
“Gostaria de saber qual o seu entendimento sobre Efésios 4:30, que diz que o Espírito Santo se entristece. Muitos acreditam que, por este motivo, ele é uma pessoa. E o que dizer de Lucas 1:46 e 47 que diz que o espírito de Maria se alegrou? Neste caso, o espírito de Maria também não seria uma pessoa por que se alegra?”
Esse oponente à doutrina da Trindade ignorou que o termo “espírito”, na Bíblia, possui vários significados. Refere-se aos “sentimentos”, ao “fôlego de vida” de Deus, a “pessoas vivas” (como no caso de Hb 12:22, 23), etc.
No caso de Maria, o contexto de Lucas 1:46, 47 indica que o termo grego para “espírito” se refere ao íntimo de dela. Ela está expressando uma alegria que vem “do fundo do coração” – do “espírito”.
Já em Efésios 4:30, o termo “Espírito” se refere a uma pessoa porque tal Ser – que pode ser entristecido – executa uma ação pessoal: sela-nos para a salvação. Só um Ser Divino pode fazer isso!
Pelo fato de o Espírito Santo ser ofendido (Hb 10:29), ficar irritado (Mq 2:7) e alegre (1 Ts 1:6), podemos concluir que em Efésios 4:30 é apresentado um Ser que se entristece quando praticamos os pecados mencionados no verso 31. Afinal, quando pecamos entristecemos a Deus (cf. Dn 9:9).
Além disso, João capítulos 14-16 empregam vários pronomes pessoais gregos ao Espírito Santo. Portanto, indiscutivelmente, Ele é apresentado como um ser pessoal. O termo grego para “Ele” em tais capítulos é ekeinos e significa “Ele mesmo”, “Este”. Nunca a Bíblia empregaria um pronome pessoal masculino para se referir a um mero “poder”.
A Bíblia não diz que o Espírito “é” um poder, mas, que Ele “tem” poder! Veja:
“E o Deus da esperança vos encha de todo o gozo e paz no vosso crer, para que sejais ricos de esperança no poder do Espírito Santo [aqui não poderia ser aceita a tradução “no poder do poder”...].” (Rm 15:13).
Que os antitrinitarianos deixem Deus iluminar suas vidas para que compreendam a beleza da doutrina bíblica [e não Católica] da Trindade.
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