sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Os críticos de Ellen White são desinformados e desatualizados – Parte 2

Os críticos de Ellen White estão desatualizados

Você não irá acreditar, mas, uma resposta ao livro The White Lie foi publicada pela Igreja em 1982! Sim: as principais alegações de Rea foram respondidas há 28 anos (com base no ano de 2010) e, mesmo, assim há pessoas imaturas espiritualmente que continuam dando crédito a um revoltado, sem ter lido a contra-resposta às afirmações dele.

Recomendo que leia o material e que o envie para os críticos que conhece. Ele está disponível no site do Centro de Pesquisas Ellen G. White no link:

http://www.centrowhite.org.br/textos.pdf/02/refer%C3%AAncia_8a.pdf

Outros livros já publicados também são ignorados pelos críticos. Um deles é o Ellen G. White and Her Critics (Ellen G. White e Seus Críticos), de Francis D. Nichol. Foi publicado em 1951 e até hoje não vi um crítico fazer sequer menção a este material, quanto mais tentar “refutá-lo”!

Esse material também está acessível àqueles que não se contentam com as informações deturpadas e sem embasamento dos críticos (antes de fazer o download, você precisa baixar o programa DJVU, disponível no próprio site):

http://www.adventistarchives.org/docs/EGWC/EGWC1951__B/index.djvu

Mais recentemente foi publicado no Brasil Mensageira do Senhor (Casa Publicadora Brasileira, 2003), escrito por Herbert E. Douglass. É considerado uma das mais completas pesquisas sobre a vida e obra da Sra. White já realizadas. No material o autor apresenta evidências do dom profético na vida dela e aborda as principais acusações que foram dirigidas a ela ao longo dos anos.

As acusações dirigidas a Ellen White são ultrapassadas e repetitivas. Por isso, Salomão estava com toda razão quando escreveu: “O que foi é o que há de ser; e o que se fez, isso se tornará a fazer; nada há, pois, novo debaixo do sol.” (Ec 1:9)

Uma vida pecaminosa contribui para a rejeição à Ellen White

É claro que o que vou escrever não se aplica a todos. Há crentes sinceros de excelente comportamento moral que não creem em Ellen White como profetisa. Irmãos que são verdadeiros representantes de Deus neste mundo e que honram o cristianismo.

Porém, tenho percebido que muitos rejeitam os escritos dela por que os mesmos não apoiam a conduta pecaminosa do indivíduo. Há poucos dias recebi o telefonema de um irmão do Rio de Janeiro. Ele me contou que a pessoa que o ajudou a aceitar a Cristo como Salvador se deixou enganar pelo livro de Rea e, hoje, se tornou uma grande oponente ao dom profético dado a Ellen White.

O resultado? Essa pessoa se casou com alguém que não pertence à fé, contrariando assim a orientação bíblica de que o cristão não deve se colocar em jugo desigual (Dt 7:3, 4; 2Co 6:14).

Percebeu caro leitor? Essa moça não se sentiu mais motivada em obedecer a Deus por ler o The White Lie. Se ela tivesse dado atenção à Bíblia e ao que Ellen White diz sobre o casamento com infiéis, estaria noutra situação. Definitivamente: o livro de Walter Rea não a aproximou mais da vontade de Deus do que os livros de Ellen White o fariam!

O problema é que o ser humano procura várias formas de justificar seus erros. E uma delas é não aceitar as mensagens de um profeta para não se sentir acusado por seu estilo de vida pecaminoso. Muitos estão mais dispostos a criticar as mensagens do que em se arrepender de seus pecados.

Esse tipo de desonestidade emocional afeta a saúde psíquica e afasta de Deus.

Aceitar ou não? Isso é entre você e Deus

As críticas feitas a Ellen White na internet se propagam especialmente pela falta de informação adequada. Se cada cristão se dedicar a examinar a vida e a obra da Sra. White indo a fontes primárias – sem se deixar enganar pelos artigos do Instituto Cristão de Pesquisas (ICP) e do Centro Apologético Cristão de Pesquisas (CACP) – verá que ela exaltou a Jesus Cristo, foi uma grande defensora da doutrina da justificação pela fé e grande promotora dos conselhos bíblicos para a boa saúde.

Será que você não está entre aqueles que a rejeitam por que os escritos dela não apoiam sua forma de viver? Essa é uma pergunta que cada um precisa responder para si com toda honestidade, lembrando-se de que Deus vê o coração (1Sm 16:7).

A decisão quanto à aceitação ou não do dom profético dessa mulher adventista deveria ser tomada após a leitura de alguns de seus livros, como, por exemplo, Caminho a Cristo, O Desejado de Todas as Nações, Educação, etc. Por isso, faço um desafio a todo irmão protestante que de coração segue a Jesus e busca a verdade:

Leia um desses livros de Ellen White e perceba se sua comunhão com Deus irá melhorar ou piorar. Os resultados de tal leitura em sua vida devocional lhe ajudarão a tirar conclusões por si mesmo, sem a interferência de pessoas maldosas que não estão dispostas a amar a verdade e que querem impedir outros de fazê-lo.

Minha vida foi transformada após a leitora dos dois volumes do Mente, Caráter e Personalidade (Casa Publicadora Brasileira) – pérolas da psicologia cristã. E a sua? Leia um dos livros dela e depois me conte sua experiência aqui no blog.

A paz de Cristo seja com você.

Os críticos de Ellen White são desinformados e desatualizados – Parte 1

Os críticos de Ellen White são desinformados e desatualizados – Parte 1

O Pr. Enoch De Oliveira escreveu o seguinte sobre o livro The White Lie (A Mentira Branca), de Walter Rea, crítico de Ellen White:

“… além de alguma repercussão lograda em alguns diários e publicações especializados, o impacto logrado por Walter Rea sobre a Igreja foi insignificante e inexpressivo” A Mão de Deus ao Leme (Santo André, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1985), p. 141.

Porém, mesmo as alegações de tal acusador não tendo tido significância, críticos desinformados têm usado o livro de Rea como “argumento” para atacar Ellen White, minar a confiança das pessoas em seu dom profético e criar barreiras entre os adventistas os demais cristãos.

Rea foi um pastor da igreja Adventista de Long Beach, Califórnia, que, depois de um período de dúvidas e conflitos denunciou a Sra. White de haver violado os direitos autorais (copyright). Em uma entrevista publicada em um diário da Califórnia ele concluiu:

“Seus escritos não procedem de Deus; são produto da imaginação humana” Los Angeles Times, 13 de novembro de 1980.

O que poucos críticos sabem é que Rea plagiou Dudley Marvin Canright, o primeiro grande crítico do adventismo (que ironia: um “defensor” dos direitos autorais plagiando outro escritor…). Canright se revoltou contra Ellen White por que ela não apoiava certas coisas que ele fazia.

Ao usar as mesmas acusações de Canright, Walter Rea foi deselegante, irreverente e cínico. Não usou do espírito cristão ao abordar o assunto, evidenciando assim sua má fé e falta de interesse em saber a verdade.

O fato de uma pessoa se tornar inimiga de outra por ter sido repreendido por ela (de maneira honesta e amiga) já deveria levar os prudentes a se perguntarem: “é digno de confiança o testemunho de uma pessoa como Canright que, ao invés de mudar (e perdoar), atacou uma pessoa só por ela ter sido contra seu estilo de vida?” “É digno de crédito o material de Rea, que é fruto do plágio dos escritos de uma pessoa indisposta a perdoar?”

A essência dos erros interpretativos de Walter Rea

Muitos cristãos têm um conceito errado sobre a maneira como Deus atua para inspirar um profeta. Acreditam que o Senhor inspira cada palavra (isso é chamado de Inspiração Verbal) de modo que, se uma pessoa cometer algum erro até mesmo sobre datas históricas, tal profeta é falso. Entre esses cristãos está Rea, autor do The White Lie.

Pelo fato de a Sra. White usar outros autores para transmitir os conselhos divinos ele concluiu que ela havia sido “plagiadora” e não uma mensageira de Deus. Ora, essa mesma crítica pode ser dirigida a Lucas, pois, ele escreveu o terceiro evangelho da Bíblia com base nas informações de terceiros (Lc 1:1-4).

Precisamos entender (e Rea não quis fazer isso) que Deus inspira o profeta e não as palavras dele. O Senhor atua na mente da pessoa e permite que ela escolha suas próprias palavras para expressar os conceitos divinos. Isso é bíblico, como podemos ver em Gênesis 9:11-16. Deus garantiu que, sempre que enxergasse o arco-íris no céu, se lembraria do Seu acordo em não mais destruir a Terra com águas do dilúvio. Sabemos que Deus não iria se esquecer de sua promessa. Isso é impossível. Moisés apenas descreveu o interesse do Criador em linguagem humana para que melhor pudéssemos compreender a promessa do Senhor.

Outra exemplo interessante podemos encontrar ao compararmos o relato do Sermão do Monte em Mateus 5-7 e em Lucas 6. O evento é o mesmo, porém, as palavras utilizadas foram diferentes. Perceba que Deus inspirou ambos os autores; apenas permitiu que cada um expressasse suas ideais com base na própria visão de mundo e maneira de perceber os acontecimentos.

Em alguns momentos Deus ditou ao profeta aquilo que ele deveria escrever (Jr 36:2). Noutra ocasião, o Criador pessoalmente escreveu Sua mensagem – os Dez Mandamentos, como podemos ler em Êxodo 31:18. Porém, no geral, Ele inspira o pensamento (Inspiração Dinâmica) e, para que esse profeta possa comunicar em linguagem humana a vontade divina, o Espírito Santo o guia até mesmo na seleção de ideias contidas em outros materiais não inspirados (Judas 1:9; 14, 15. Aqui o autor bíblico citou uma obra judaica chamada “Assunção de Moisés” e um escrito popular nos dias dele, 1 Enoque).

Por que o Senhor permitiu que Judas fizesse uso de tal material? A Bíblia de Estudo Plenitude (Sociedade Bíblica do Brasil, 2001, p. 1336) explica: “Embora esse escrito (de 1 Enoque) não faça parte das Escrituras Sagradas, a doutrina nesta referência está de acordo com a verdade bíblica”.

Se aceitarmos que Deus inspira não as palavras e sim o profeta, os relatos do evangelhos que parecem contraditórios (exemplo: Mateus 8:28 e Marcos 5:1, 2) serão facilmente compreendidos, pois, aos lermos, saberemos que cada autor escreveu sobre os acontecimentos tendo como base a sua percepção dos fatos.

[Continua...]

domingo, 14 de novembro de 2010

Ellen White - A Prefetisa Que NÃO Falhou -Parte3

A Chuva de Meteoros

Nota: Aqui há uma afirmação digna de repreensão da parte de Deus. Rinaldi, assim como outros pastores que desconhecem (ou ignoram os fatos verdadeiros!) nossa história denominacional, disse que “22 de outubro de 1844 é dia marcado pelos Adventistas para a volta de Cristo” (adaptado). Ellen White, assim como os demais adventistas, nunca marcaram datas para a volta de Jesus. Quem se aventurou nisso foram os mileritas (seguidores de Guilherme Miller), observadores do domingo e que pertenciam a várias denominações evangélicas da época: Batista da Comunhão Restrita, Batista da Comunhão Livre, Batista Calvinista, Batista Arminiana, Metodista Episcopal, Metodista Evangélica, Metodista Wesleyana, Metodista Primitiva, Congregacional, Luterana, Presbiteriana, Protestante Episcopal, Reformada Alemã, etc. Poderíamos dizer que esses sim eram “profissionais” na “arte” de marcar datas. Não negamos nossa origem milerita, mas jamais iremos aceitar que como movimento organizado os Adventistas do Sétimo Dia marcaram datas para a o retorno glorioso do Salvador. Como mencionei no início dessa nota, o Pr. Rinaldi precisa ser repreendido por Deus e é com a carta de Judas que o Senhor fará isso: “Estes, porém, quanto a tudo o que não entendem, difamam; e, quanto a tudo o que compreendem por instinto natural, como brutos sem razão, até nessas coisas se corrompem. Ai deles! Porque prosseguiram pelo caminho de Caim, e, movidos de ganância, se precipitaram no erro de Balaão, e pereceram na revolta de Corá.” Judas 1:10-11. (Grifos meus).

Voltemos ao tema:

De forma resumida apresentarei o posicionamento de Rinaldi para “negar” que no ano de 1833 ocorreu um dos sinais do tempo do fim. Ele diz que os “Adventistas queriam mistificar o dia 22/10/1844, sendo que o evento de 1833 se encaixava bem na idéia da volta de Jesus Cristo em 1844” e a razão para isso foi baseada na afirmação do “Planetário e Escola Municipal de Astrofísica” de São Paulo de que “esse evento ocorreu realmente. Entretanto, é um evento astronômico cíclico, ou seja, ocorre com essa intensidade de 33 em 33 anos”.

Apesar do esforço monstruoso de Rinaldi e João Flávio Martinez em negarem a veracidade do evento de 1833, o mesmo é confirmado sem dificuldades porque a “chuva de estrelas” (meteoros) é precedida de outros fenômenos na natureza. Unicamente a queda de meteoros em 13 de novembro de 1833 se encaixa na profecia por que: Jesus disse que antes da queda de estrelas haveria o “escurecimento do Sol” e que a lua não daria a claridade dela. Tais eventos ocorreram em 19 de maio de 1780.

O Salvador fez menção a um “grande terremoto” em Apocalipse 6:12. Ele ocorreu em 1o de novembro de 1755, destruiu Lisboa e atingiu três continentes. Perceba que o forte terremoto ocorreu em 1755 e que o escurecimento do Sol (acompanhado daquele fenômeno em que a lua se torna vermelha como sangue) foi em 1780. Desse modo, não há outra chuva de meteoros que se encaixe no contexto profético do tempo do fim a não ser a de 1833! Ambos os acontecimentos são seqüenciais e antecedem a volta do Senhor! (Apocalipse 6:12-17).

Não negamos que sempre existiram chuvas de meteoros e concordamos com o “Planetário e Escola Municipal de Astrofísica” de São Paulo de que tal evento astronômico é cíclico, tendo ocorrido mais de uma vez na história. O que rejeitamos é a tendenciosidade de Natanael Rinaldi e seu colaborador em tirar do evento de 1833 a importância que tem no contexto dos sinais de Mateus 24:29 e Apocalipse 6:12, 13.

E, já que eles gostam de informações científicas, aí vai outra de peso:

“Provavelmente o mais notável chuveiro meteórico até hoje visto foi o de Leônidas na noite que seguiu a 12 de novembro de 1833 (13 de novembro). Algumas estações meteorológicas estimam em mais de 200.000 meteoros por hora, durante cerca de cinco ou seis horas.” – YOUNG, Charles A. Astronomy Manual, pág. 469.

Racismo

Uma das maiores “virtudes” do Pr. Natanael Rinaldi é escrever bobagens. E, acusar Ellen White de racismo beira o ridículo quando conhecemos a dedicação dela em ajudar financeiramente pessoas de todas as raças. Analisemos o outro texto que ele distorceu:

“Mas há uma objeção ao casamento da raça branca com a preta. Todos devem considerar que não têm o direito de trazer à sua prole aquilo que a coloca em desvantagem; não têm o direito de lhe dar como patrimônio hereditário uma condição que os sujeitariam a uma vida de humilhação. Os filhos desses casamentos mistos têm um sentimento de amargura para com os pais que lhes deram essa herança para toda a vida”. – Mensagens Escolhidas, vol.2, págs. 343 e 344.

O conselho que ela deu no sentido de não haver casamento entre brancos e negros, precisa ser entendido à luz da sociedade e da cultura do século passado, particularmente nos EUA.

Naquele país o racismo era enorme. Vemos que homens como Martin Luther King e outros tiveram que lutar bravamente para desfazer o preconceito racial.

Entendendo a cultura da sociedade de sua época, Ellen White, expressou algo incontestável: “que os filhos de uniões mistas sofreriam muito”. Devido a isso ela mencionou que recebeu no início de seu ministério “orientação do Senhor” de que os pais não tinham o direito de dar aos filhos esta herança de humilhações.

Felizmente a sociedade mudou para melhor neste aspecto de segregação racial. Hoje os filhos de casamentos mistos não são mais objeto de tanta discriminação.

Precisamos lembrar que os escritos de qualquer pessoa, sejam dos escritores bíblicos, seja de Ellen White, precisam ser estudados no contexto em que eles foram produzidos. Se não fizermos isto estaremos sendo injustos com a pessoa que não está presente para defender-se.

Um apelo de sua pena, em 1891, seguido em 1895 e 1896 por artigos publicados na Review and Herald, estimulou os esforços educacionais e evangelísticos em favor dos negros e deu origem a uma obra na qual seu próprio filho, Tiago Edson, tomou parte ativa. Ele produziu um livro que seria usado para (1) levantar fundos (2) ensinar analfabetos a ler e (3) ensinar as verdades bíblicas em linguagem simples. Ele fazia uso de um barco (Morning Star) para evangelizar os descendentes dos escravos.

White estava interessada no desenvolvimento de esforços missionários que produzisse eficientes resultados em comunidades brancas e negras e enviou aos obreiros desse campo muitas mensagens de conselho e ânimo. Além disso, ela salientou de modo claro que “O nome do negro está escrito no livro da vida, junto do nome do branco. Todos são um em Cristo. O nascimento, a posição, nacionalidade ou cor não podem elevar nem degradar os homens. O caráter é que faz o homem. Se um pele-vermelha, um chinês ou africano rende o coração a Deus em obediência e fé, Jesus não o ama menos por causa de sua cor. Chama-lhe Seu irmão muito amado.” . Além disso, afirmou que os que “menosprezam um irmão por causa de sua cor estão menosprezando a Cristo”

Como Rinaldi poderá continuar sustentando as acusações dele? A honestidade intelectual e o temor a Deus deveriam motivá-lo a rever os próprios conceitos e a reconhecer que assim como a Bíblia, Ellen White sempre respeitou os negros. Prova disso está no fato de que nossos irmãos, quando se deparam com os escritos dela, nunca se sentiram ofendidos.

Será que os membros do Instituto “Cristão” de Pesquisas (ICP) e do Centro Apologético “Cristão” de Pesquisas (CACP) sabem mais do que os adventistas negros a forma como Ellen White os considerava?

Considerações finais

Em meus estudos particulares e nos benefícios que recebi especialmente com a leitura dos dois volumes do “Mente Caráter e Personalidade”, possuo provas irrefutáveis do dom profético em Ellen White. Filosoficamente não tem como provar o contrário do que eu sinto, do que a leitura dos livros dela fizeram por mim em relação a minha comunhão com Deus e minha saúde mental.

E, no campo espiritual, Natanael Rinaldi – ou qualquer outro crítico da Sra. White – não pode explicar como as visões dela transformaram ateus em fervorosos cristãos – a não ser pelo poder do Espírito Santo.

O leitor sincero que quiser pesquisar sobre o dom profético na vida e obras de Ellen White e tiver o interesse de entender a origem das acusações feita contra ela (e ter acesso às refutações), poderá consultar o site oficial da Igreja Adventista no Brasil: http://www.centrowhite.org.br

Um abraço e até logo!

Ellen White - A Prefetisa Que NÃO Falhou -Parte 2

A Hora da Volta de Jesus

Ao invés de usar os textos mais claros da autora para entender os mais difíceis, (fazemos isso ao interpretar a Bíblia), Rinaldi prefere descontextualizar a visão descrita no livro Primeiros Escritos sem se dar conta de que é ele quem está colocando na boca de Ellen White coisas que jamais sonhou em dizer quando era viva. Ela foi muito clara em afirmar:

“Progredíssemos nós em conhecimento espiritual, e veríamos a verdade se desenvolvendo e expandindo em sentidos com que mal temos sonhado, porém ela jamais se desenvolverá em quaisquer direções que nos levem a imaginar que podemos saber os tempos e as estações que o Pai estabeleceu por Seu próprio poder. Tenho sido repetidamente advertida com referência a marcar tempo. Nunca mais haverá para o povo de Deus uma mensagem baseada em tempo. Não devemos saber o tempo definido nem para o derramamento do Espírito Santo nem para a vinda de Cristo”.

Se nessa citação ela está concordando com Mateus 24:36, algo está errado com a “leitura” que o Pr. Rinaldi está fazendo dos escritos dela (uma observação: ao contrário do que o oponente disse, Mateus 24:36 afirma que a respeito do dia da volta de Jesus ninguém sabe e não que ninguém saberá. Do contrário, o próprio Cristo não saberia até hoje o dia da Volta dEle, mesmo tendo ascendido ao Céu e reassumido o Seu trono de glória – Hebreus 1:1-3).

Eis o texto que para nossos oponentes é “prova” de que Ellen White dizia saber o dia da volta de Cristo:

“Logo ouvimos a voz de Deus, semelhante a muitas águas, a qual nos anunciou o dia e a hora da vinda de Jesus. Os santos vivos, em número de 144.000, reconheceram e entenderam a voz, ao passo que os ímpios julgaram fosse um trovão ou terremoto. Ao declarar Deus a hora, verteu sobre nós o Espírito Santo, e nosso rosto brilhou com o esplendor da glória de Deus, como aconteceu com Moisés, na descida do monte Sinai”.

Li o texto, inclusive as páginas 13, 14 e 16 e pude chegar a algumas conclusões sérias que nos ajudam na compreensão do que a profetisa quis passar:

1º: Ela estava tendo sua primeira visão, a do “Caminho Estreito”, no qual via a jornada do povo do advento até a Cidade Santa (págs. 13 e 14).

2º: Durante a caminhada, ela afirma que “alguns ficaram cansados, e disseram que a cidade estava muito longe e esperavam nela ter entrado antes” (pág. 14).

3º: Para auxiliar e animar os que estavam cansados e desanimados:

a) Jesus levantou o Seu braço direito, do qual saía uma luz que brilhava sobre os que enfrentavam a dura jornada (tanto que clamaram: “Aleluia!” – pág. 15);

b) Deus Anunciou o dia e a hora da vinda de Jesus “aos 144.000” (salvos vivos por ocasião da volta do Senhor). Pág. 15.

4º: Depois de animar o povo, não há indicação alguma de que os salvos – ou Ellen White – ficassem sabendo do momento que o Salvador voltará, pois essa visão é para o tempo do fim, um pouco antes da volta de Cristo. Isso fica bem claro nas páginas 15 e 16, onde, após o anúncio, Jesus vem logo em seguida, ressuscita os mortos e leva-os juntamente com os santos vivos para o Paraíso.

Perceba que Ellen White não atribuiu para si o conhecimento quanto ao período da volta do Salvador, mas apenas nos informa que, na hora da angústia, foi feito o anúncio para animar os que estavam cansados no tempo do fim.

O destaque no contexto não é data alguma, mas o interesse de Deus em animar o Seu povo a seguir pelo caminho estreito que conduz à salvação (Mateus 7:13, 14). Por que distorcer o que está claro?

Guerra Civil Americana

Dessa acusação de Rinaldi, duas coisas merecem destaque:

1) Ele citou parcialmente a declaração de Ellen White: “Quando a Inglaterra declarar guerra, todas as nações terão seu próprio interesse em acudir, e haverá guerra geral e confusão geral.” - Testemunhos Para a Igreja, vol. 1, pág. 259..

Se do ponto de vista acadêmico isso é errado, imagine como Deus vê tal atitude mentirosa (Apocalipse 22:15);

2) Retirou essa parte do texto do livro “Subtilezas do Erro” e não moveu uma palha para refutar a explicação que A. B. Christianini deu a essa suposta “profecia”. Dá para perceber a nítida tendenciosidade e a falta de argumentos do articulista.

Afirmou o Pr. Natanel Rinaldi: “É interessante observar as palavras “Quando” e “haverá” que, num futuro, a Inglaterra declararia guerra e com ela outras nações se envolveriam. A história americana sobre a guerra civil não registra o envolvimento da Inglaterra e muito menos de outras nações. Taxativamente outra falsa profecia”.

Agora, vejamos o texto dentro do seu contexto para que nenhum pretexto “Rinaldiano” permaneça em pé diante das evidências. Disponibilizarei a explicação do livro “Subtilezas do Erro” que Rinaldi omitiu.

O contexto desta citação mostra-nos que Ellen não estava fazendo algum tipo de predição. “Foi escrita durante a primeira parte da guerra civil, e apenas expressa condições e temores existentes na ocasião, referindo-se aos movimentos de opinião que agitavam as nações de outros continentes, em relação à Inglaterra… Em vista da carência de espaço, não reproduzimos todo o trecho em que a serva do Senhor aborda este assunto. Bastará uma simples leitura do mesmo para excluir-se qualquer caráter preditivo, pois o contexto mostra claramente que se tratava de uma hipótese, quando a Inglaterra declarar ou não a guerra. O parágrafo imediatamente anterior, diz: ‘Se a Inglaterra pensa que poderá fazê-lo [declarar guerra], não hesitará um só momento em alargar suas oportunidades de exercer seu poderio e humilhar a nossa nação’. Não há absolutamente nenhuma predição de guerra com os Estados Unidos” – CHRISTIANINI, Arnaldo B. Subtilezas do Erro. Casa Publicadora Brasileira, 1965.

Herbert E. Douglas no livro Mensageira do Senhor, pág. 487, continua:

“Quando esta frase [citação da possível guerra civil] é lida no contexto, inserida no mesmo parágrafo em que se encontram todas as outras afirmações condicionais a respeito da Inglaterra, o sentido muda de uma predição para uma possibilidade. “Se a Inglaterra declarar guerra…”

“Na página anterior, Ellen White usou a mesma construção gramatical: “Quando nosso país observar o jejum que Deus escolheu, então Ele aceitará as suas orações. A Sra. White não estava fazendo uma predição, mas uma afirmação condicional. Este uso do when [quando] pelo if [se] é prática comum no inglês.”

Ellen White - A Prefetisa Que NÃO Falhou -Parte 1

Esse material é uma refutação ao artigo “Ellen Gould White – a Profetisa que Falhou”, da autoria de Natanael Rinaldi (colaboração para o artigo de Rinaldi: João Flávio Martinez. Disponível no site www.cacp.org.br/adventismo). Ele foi lido por um membro da igreja Adventista que me pediu esclarecimentos a respeito.

Recebi com carinho sua carta na qual demonstra preocupação com as acusações feitas à irmã White.

Será uma satisfação lhe ajudar a refutar as observações descontextualizadas de Natanael Rinaldi, com quem já mantive contato várias vezes. Infelizmente, o coração dele está endurecido de tal forma que não consegue perceber que ele faz uso de um procedimento desonesto ao interpretar os textos da escritora: tira-os de seu contexto histórico e literário.

A seguir farei uma análise dos comentários do pastor Rinaldi divulgados no site do Centro Apologético “Cristão” de Pesquisas (CACP):

Deixando de lado a afirmação de que Arnaldo B. Christianini, autor de “Subtilezas do Erro” estava “em êxtase” quando escreveu que Ellen White tinha o dom profético (não sei como Rinaldi deduziu tamanho “êxtase” na comunicação escrita sem ao menos haver um ponto de exclamação…), percebe-se a total desinformação do Sr. Rinaldi quanto à doutrina Adventista a respeito dos escritos de Ellen White e da relação deles com a Bíblia. Alguns motivos:

1) O grau de qualidade ou de inspiração dos escritos dela não podem ser diferentes da Bíblia porque o mesmo Espírito Santo é o autor de ambos. Não existem “graus de inspiração”. Uma pessoa não pode ser parcialmente inspirada pelo Espírito. O profeta é usado por Deus ou pelo diabo (nesse caso, falso profeta).

2) Mesmo acreditando que a qualidade da inspiração de Ellen White seja a mesma da Bíblia, nunca afirmamos que os escritos dela são mais importantes que a Palavra de Deus. Uma coisa é ter a mesma origem (Espírito Santo); outra, ter a mesma função e aplicação. Resumindo: cremos que tanto os autores bíblicos quanto os que não têm livros na Bíblia (1 Crônicas 29:29) como o a Sra. White tiveram o mesmo grau de inspiração, mas que a função dos escritos deles jamais foi “complementar” as Escrituras ou servir de norma suprema de doutrina. Bastava Rinaldi ler nossa “Crença Fundamental no. 1” no livro Nisto Cremos (Casa Publicadora Brasileira) e comprovar:

“As Escrituras Sagradas, o Antigo e o Novo Testamento, são a Palavra de Deus escrita, dada por inspiração divina por intermédio de santos homens de Deus que falaram e escreveram ao serem movidos pelo Espírito Santo. As Escrituras são a infalível revelação de Sua vontade. Constituem o padrão de caráter, a prova da experiência, o autorizado revelador de doutrinas, o registro fidedigno do atos de Deus na História”.

3) A própria Ellen White reconheceu que, mesmo não devendo mudar os escritos dela (pois provêm de Deus), a única regra de fé do cristão é a Bíblia: “Recomendo-vos, caro leitor, a Palavra de Deus como regra de vossa fé e prática. Por essa Palavra seremos julgados. Nela Deus prometeu dar visões nos “últimos dias”; não para uma nova regra de fé, mas para conforto do Seu povo e para corrigir os que se desviam da verdade bíblica. Assim tratou Deus com Pedro, quando estava para enviá-lo a pregar aos gentios.” – Primeiros Escritos, pág. 78.

Se Natanael Rinaldi compreendesse a função dos testemunhos dela (noutra ocasião poderei me deter nisso), não faria tais acusações contra a doutrina adventista que segue de perto o princípio protestante “Sola Scriptura” (podemos provar todas as nossas doutrinas na Bíblia. Basta ele conversar com algum membro nosso, estudioso, e verá).

Heresias e contradições nos Escritos de Ellen White

Esse tipo acusação não é novidade no meio adventista. O apóstata D. M. Canright (morreu em 1919) que se negou a aceitar as advertências da Sra. White (ele era bem instável emocionalmente) foi o responsável por grande parte das ofensas dirigidas à profetisa. Rinaldi está apenas repetindo aquilo que saiu da boca do “professor” dele (Canright).

A Volta de Jesus

Na assembléia realizada em 27 maio de 1856 em Battle Creek, ela teve a seguinte visão:

“Foi-me mostrado o grupo presente à assembléia. Disse o anjo: ‘alguns servirão de alimento para os vermes, alguns estarão sujeitos às sete últimas pragas, outros estarão vivos e permanecerão sobre a Terra para serem trasladados na vinda de Jesus” – Testemunhos Para a Igreja, vol. 1, págs. 131 e 132.

Os críticos gostam muito de usar esta citação para dizer que Ellen Gold H. White foi uma falsa profetisa. Dizem eles: “já se passaram 148 anos e não há sequer uma pessoa viva daquela época. O fato desta profecia não se cumprir prova que a “papisa dos Adventistas” não foi inspirada por Deus”.

E Rinaldi não fica para trás na insensatez dele:

“Para justificar o erro profético dela, seus defensores se explicam dizendo: “É-nos dito pela mensageira do Senhor que se a igreja remanescente houvesse seguido o plano de Deus em fazer a obra que lhe indicara, o dia do Senhor teria vindo antes disto, e os fiéis teriam sido recolhidos ao reino.” (Idem, p. 110) É incrível como possam ser tão fanáticas certas pessoas a ponto de justificar um fracasso profético tão evidente no intuito de defender sua profetisa”. Ele peca em ignorar que existem profecias condicionais e incondicionais. Não há nada de fanatismo em defender esse conceito – basta estudar a Bíblia. Se Ellen White errou, então o personagem bíblico Jonas também foi um falso profeta, pois ele afirmou categoricamente que em 40 dias Nínive seria destruída. E isso não ocorreu! Será que Deus falhou?

Para entender a predição de 1856 e a profecia de Jonas é muito importante compreender o princípio bíblico de profecias condicionais. Jeremias nos auxilia: “No momento em que eu falar acerca de uma nação ou de um reino para o arrancar, derribar e destruir, se a tal nação se converter da maldade contra a qual eu falei, também eu me arrependerei do mal que pensava fazer-lhe. E, no momento em que eu falar acerca de uma nação ou de um reino, para o edificar e plantar, se ele fizer o que é mal perante mim e não der ouvidos à minha voz, então, me arrependerei do bem que houvera dito lhe faria.” Jeremias 18:7-10.

Profecias condicionais são aquelas que dependem da resposta humana para o seu cumprimento. Exemplo: a promessa de crianças que não viveriam poucos dias na Nova Terra (Isaías 65:20). Isso era condicional à resposta de Israel aos apelos de Deus. Sendo que eles continuaram a se rebelar, as promessas feitas a eles, referentes especialmente à Nova Terra, não aconteceram.

Profecias incondicionais são aquelas que não dependem da resposta humana para o seu cumprimento. A Volta de Jesus é uma delas. Ele virá, mesmo que o ser humano não queira.

Os que confiam nos relatos bíblicos de profecias não cumpridas não terão dificuldades para compreender a declaração feita por Ellen em 1856. Sua profecia também era do tipo condicional. Além disso, em 1901, ela afirmou: “Talvez tenhamos de permanecer muitos anos mais neste mundo por causa de insubordinação, como aconteceu com os filhos de Israel; mas, por amor de Cristo, Seu povo não deve acrescentar pecado a pecado, responsabilizando a Deus pela conseqüência de seu procedimento errado” – Evangelismo, pág. 696

Quem Foi Ellen White?



Ellen Gould White (1827-1915) foi uma cristã americana, profetisa e escritora cujo ministério foi fundamental para fundação do movimento Adventista sabatista, que mais tarde veio a formar a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Os adeptos do Adventismo consideram Ellen G. White uma profetisa contemporânea, embora ela mesma nunca tenha reivindicado para si esse título. Os adventistas acreditam que Ellen White teve o Dom de Profecia, como descritos em Apocalipse 12:17 e 19:10. A base dessa crença está no fato do Novo Testamento apontar que nos últimos dias os cristãos teriam novamente o dom de profecia para orientar a igreja.
Os escritos de Ellen White são restauracionista e se esforçam para mostrar a mão de Deus guiando os cristãos ao longo da história. Nos livros dela, fica evidente que existe um conflito cósmico sendo travado na terra entre o bem (Deus) e o mal (Satanás). Esse conflito é conhecido como a “a grande controvérsia” e foi fundamental para o desenvolvimento da teologia adventista.
Ellen White, que também é conhecida como irmã White pelos adventistas, foi uma das líderes que fundaram o movimento adventista do sétimo dia, ao lado do seu marido, Tiago White e de um amigo do casal: José Bates.
A Sra. White foi uma figura controversa em seu tempo, gerando ainda hoje muitas discursões, especilamente entre outros grupos cristãos, assim como de pessoas de outras religiões. Ellen afirmou ter recebido uma visão logo após o Grande Desapontamento Milerita. Num contexto onde muitas outras pessoas alegavam também ter recebidos visões, ela era conhecida por sua convicção e fé fervorosa. Randall Balmer, a descreveu como "uma das figuras mais vibrantes e fascinantes da história da religião americana." Já Walter Martin afirmou que ela era "uma das personagens mais fascinantes e controversas do seu tempo a aparecer no horizonte da história religiosa." Ellen White é a autora feminina mais traduzida de não-ficção na história da literatura, bem como o mais traduzido autor de não-ficção americana de ambos os sexos. Seus escritos tratam de teologia, evangelização, vida cristã, educação e saúde (ela foi uma defensora do vegetarianismo). Ellen também promoveu a criação de escolas e centros médicos.
Durante sua vida, ela escreveu mais de 5 mil artigos e 40 livros. Hoje em dia, graças as compilações feitas de seus manuscritos, mais de 100 títulos estão disponíveis em Inglês e 52 em português. Alguns de seus livros mais populares são Caminho a Cristo, O Desejado de Todas as Nações e O Grande Conflito.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Seguir os Dez Mandamentos não mata ninguém… (2 Coríntios 3:7) – Parte 3

A. HOPKINS STRONG (teólogo batista): “Nem tudo na lei mosaica está abolido na cruz. Cristo não cravou em Sua cruz nenhum mandamento do Decálogo.” “A graça deve ser entendida, contudo, não como abolindo a lei, mas como estabelecendo-a e reforçando-a (Rom. 3:31 ‘estabelecemos a lei’) – Systematic Theology, vol. 2, p.p. 408 e 548.

MOODY, outra grande autoridade em Novo Testamento:

“O contraste entre a letra mata e o espírito vivifica não é um contraste entre o extremo literalismo e o livre manejo das Escrituras (como no método alegórico de interpretação); antes, o contraste é entre a Lei e um sistema de salvação que exige obediência perfeita (cons. Rm. 3:19,20; 7:1-14; 8:1-11; Gl. 3:1-14) e o Evangelho como o dom da graça de Deus em Cristo. Mesmo a Lei, entretanto, pode levar uma alma a Cristo (cons. Gl. 3:15-29; mas o judaísmo degenerado transformou-a em uma massa de formas sem vida (cons. Is. 1:10-20; Jr. 7:21-26)…” – Comentário Bíblico Moody sobre 2 Coríntios 3, p. 16.
Nem mesmo observadores do domingo concordam com doutrina da abolição da Lei.

“JESUS É O ÚNICO DESCANSO ESPIRITUAL INDEPENDENTE DE DIA – MATEUS 11:28-30

Até que ponto chegou o ser humano: o de invocar o nome de Jesus para “justificar” um comportamento desobediente… O mais saudável é reconhecer que o problema está em nós. Que não conseguimos guardar a Lei sozinhos e, por isso, a graça de Deus precisa atuar em nosso ser. Se agirmos assim, seguiremos pelo caminho da vida cristã rumo à santificação pelo Espírito Santo. Ao invés de acharmos o problema na Lei de Deus precisamos reconhecer que o problema está em nós. Se justificarmos nossa desobediência com a ideia de que “a Lei foi abolida”, não daremos ao Senhor a oportunidade de mudar nosso interior por que não estaremos sendo sinceros com Ele.

Realmente, o descanso espiritual precisa ser diário. Esse é o tema de Hebreus 4, que nos convida a entrarmos no repouso da graça. O repouso na graça – pela fé em Jesus – precisa ser desfrutado 24h durante toda a nossa vida. Todavia, no Sábado podemos repousar espiritualmente em Cristo por mais tempo que nos outros dias da semana. Uma pessoa que ama a Jesus irá descansar nEle também no Sábado por que:

1) Ele [Deus] criou esse “santuário no tempo” para desfrutarmos da companhia dEle – Gênesis 2:1-3; Êxodo 20:8-11 (o fato de no Sábado Deus ter dado mais tempo para ficarmos com Ele já bastaria para derrubar o argumento de que o descanso espiritual anula o descanso semanal);

2) Ela [a pessoa] terá consciência de que durante a semana, em meio às atividades de rotina, não há como separar um tempo de 24h para descansar espiritualmente em Cristo;

3) Ela não irá questionar a Deus ou se justificar dizendo que “o mais importante é guardar um dia em sete” pelo fato de ela aceitar o Senhorio de Deus na vida dela. Se Deus falou que é azul, não vou argumentar que pode ser vermelho. Se Ele disse para descansar no Sábado, por que farei birra com meu Pai Celeste e dizer que “eu quero” observar o domingo como dia santo?

O fato de em Hebreus 4 o autor usar o Sábado do sétimo dia como um símbolo do descanso em Cristo é uma prova irrefutável a favor do quarto mandamento. Se o sábado foi “cravado na cruz”; se “o dia de guarda foi mudado para domingo” por que o sábado – e não o domingo ou a sexta-feira – é usado como base do argumento do autor de Hebreus 4?

Espero que esse estudo ajude ao irmão Jean Patrick em seu estudo da Bíblia e a todo leitor que busca de coração fazer a vontade do seu Deus, pela graça que vem dEle (Romanos 11:5, 6).

Um abraço a todos!

Seguir os Dez Mandamentos não mata ninguém… (2 Coríntios 3:7) – Parte 2


Os oponentes à Lei de Deus apresentam um “quadro comparativo” entre o Antigo e o Novo Testamento para “provar” que “o mandamento do Sábado não foi repetido nos escritos dos apóstolos”.

Essa ideia não pode ser chamada de argumento, tamanho o absurdo que o cristão é levado a aceitar se ela for verdadeira:

1) Que o Novo Testamento difere do Antigo. Então a Bíblia não é uma só – seria uma heresia afirmar uma coisa dessas, de acordo com 2 Timóteo 3:16;

2) Que o Deus do Antigo Testamento, manifesto também na Segunda Pessoa da Divindade (Isaías 44:6; compare com Apocalipse 1:17) erra, no seguinte sentido: “bom: pedi para os Israelitas guardarem o Sábado. Como não deu certo, chamarei a Lei de ministério da morte e tirarei das pessoas a obrigação de me adorarem no meu santo dia (Isaías 58:13, 14; Marcos 2:27, 28).”

3) Que o Espírito Santo, a Terceira Pessoa da Trindade, se contradiz. “Eu disse em Hebreus 8:10 que, o resultado da santificação efetuada por mim é a inscrição e impressão dos mandamentos no íntimo do ser humano. Já em 2 Coríntios 3:7 digo que a Lei que manda não matar, não roubar, não adulterar, é ministério de morte. Por isso, quem quiser aceite Hebreus 8:10 e, os que preferirem fiquem somente com 2 Coríntios 3:7.”

4) Que Jesus em João 5:39, ao nos orientar a examinarmos as Escrituras, estaria insinuando: “Leiam todo o Antigo Testamento mas não aceitam os Dez Mandamentos, mesmo que eu tenha guardado o Sábado, como afirma Lucas 4:16” [só faltava alguém dizer que “Jesus guardava o Sábado por que era judeu...” sendo que o texto afirma claramente que o Salvador separava o sétimo dia SEGUNDO O COSTUME DELE. Ele não veio agradar os judeus; pelo contrário, os desagradou bastante naquela época...]

5) Que os LINDOS princípios morais dos Dez Mandamentos – que nos ajudam a nos relacionarmos com Deus, com o próximo e que dão qualidade de vida – não são mais necessários em nosso mundo que quer viver sem princípios! Veja o que está por trás de cada um dos Dez Mandamentos encontrados em Êxodo 20:1-17 e em Deuteronômio 5:6-21:

Primeiro mandamento: Lealdade a Deus
Segundo mandamento: Adorar a Deus
Terceiro mandamento: Respeitar a Deus
Quarto mandamento [que a grande maioria não gosta]: Santidade e adoração ao Criador (Êxodo 20:11) e Salvador (Deuteronômio 5:15)
Quinto mandamento: Respeito pela autoridade
Sexto mandamento: Amor ao próximo
Sétimo mandamento: Pureza
Oitavo mandamento: Honestidade
Nono mandamento: Verdade, autenticidade
Décimo mandamento: Contentamento

Já imaginou tais princípios de vida sendo chamados de “ministério da morte”? Até que ponto um ser humano pode chegar…

[E ainda tem a questão do dízimo, querido leitor. Gostaria de saber de Jean Patrik se o mandamento do dízimo, pelo fato de “não ser repetido no Novo Testamento” também foi abolido...]

Isso já seria suficiente para concluirmos e encerrarmos a discussão, pois, se toda a Bíblia é da autoria do Espírito Santo, não há como separá-la em Antigo e Novo Testamento, a não ser com fins didáticos. Porém, como escreveu A. B. Christianini sobre um “quadro” que “mostra os outros nove mandamentos sendo repetidos “menos o quarto preceito”: “…aquele gráfico [é] omisso…” (CHRISTIANINI. Subtilezas do Erro, 1981, p. 187)e, por tal motivo, preciso continuar.

Na Bíblia há textos que mostram cerca de 90 reuniões religiosas no dia de Sábado, nos dias do Novo Testamento (Conferir A. B. Christianini em Subtilezas do Erro. Santo André, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1981, p. 186-189).

Lembremos de que o exemplo fala MUITO MAIS que as palavras… Se Cristo, os apóstolos e os demais judeus cristãos se reuniram no Sábado para adoração, será que eles guardavam o domingo ou acreditavam na abolição da Lei? Pense nisso com carinho.

O que outros autores cristãos dizem sobre a Lei e 2 Coríntios 3:7

Para finalizar, é importante expor para os sinceros a opinião de eminentes teólogos sobre o assunto:

SALOMÃO L. GINSBURG, pastor batista: “As idéias que alguns fazem da Lei de Deus, são errôneas e muitas vezes perniciosas. O arrojo ou a ousadia dos tais, chega a ponta de ensinar ou fazer sentir que a Lei já foi abolida… Os que ensinam a mentira de que a lei não possui mais valor … ainda não leram com certeza os versículos que nos servem de texto (S. Mat. 5:17-19). Deus não muda, nem o Seu poder, nem a Sua glória; os Seus preceitos são eternos.

“Vamos mais longe: essa Lei é a base da moralidade social, e será crível que tal base seja abolida, isto é, que se mate, adultere, furte, calunie? Não! Essa Lei é toda digna de nossa admiração, respeito e acatamento.

“Jesus veio pôr em prática a Lei e não abolir.” – O Decálogo ou os Dez Mandamentos, p.p. 4 e 7

WILLIAM BRACLAY, uma das maiores autoridades em Novo Testamento para os protestantes:

“A velha aliança era mortífera. Por quê? Produzia uma relação legal entre o homem e Deus. Com efeito, dizia: “Se você deseja manter sua relação com Deus, deve guardar estas leis, e se as transgride, perderá sua relação.”

“Portanto estabelecia uma situação em que Deus era essencialmente o juiz e o homem um delinqüente perpetuamente em falta perante o estrado do juízo de Deus. Era mortífera porque matava certas coisas… Os judeus preferiam a velha aliança, a lei. Rechaçavam a nova, a nova relação em Cristo. Não se trata de que a velha aliança fosse má; mas sim estava situada num lugar de segunda importância, era um degrau no caminho…” – The Second Letter to the Corinthians, p.p. 37, 38.

Seguir os Dez Mandamentos não mata ninguém… (2 Coríntios 3:7) – Parte 1


“… Concordo que “xeipoypafov” não tenha o significado de “lei”… Mas como traduzir ou interpretar 2 Coríntios 3:7, onde diz que “se o ministério de MORTE GRAVADO COM LETRAS EM PEDRA, tornou-se em glória, de forma que os filhos de Israel não podiam contemplar a face de Moisés por causa da glória do seu rosto, que já estava se acabando…”?

“Paulo chama de ministério de morte as letras gravadas em pedras, letras essas que só temos relatado no velho testamento, conhecido também como os 10 mandamentos, ou como você preferir lei moral.

“Sei que você não vai me responder mesmo, deixo essa para o senhor resolver.
Confesso que gostaria muito em ver o senhor responder tal pergunta.
Paz do Senhor Jesus, o nosso único descanso espiritual, independente de dia (Mt. 11.28-30).”
(Grifos acrescentados).

Esse é o desafio do internauta Jean Patrik. Primeiramente fico feliz em ver que o amigo entende que Colossenses 2:14 não se refere à Lei. Isso é indício de que estuda a Bíblia e busca a verdade.

A seguir, responderei conforme os tópicos que apresentou. Aguardarei suas considerações.

“COMO TRADUZIR 2 CORÍNTIOS 3:7?”

Mais que traduzido, o texto precisa ser corretamente interpretado.

Se a Lei de Deus é o “ministério da morte”, então o Criador é um assassino, pois, Ele nos pede obediência (João 14:15). Agora, se o ministério da morte for visto como a forma como a Lei era aplicada aí sim as coisas ficam fáceis de entender. Não devemos nos esquecer que no contexto da carta aos Coríntios “O propósito do apóstolo era refutar aos seus adversários judaizantes de Corinto [... 2 Coríntios 11:22] cujo ministério era da “letra” e não do “espírito”.” (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 6, p. 847). Os judaizantes que questionavam o ministério de Paulo haviam pervertido a compreensão correta da Lei e, por isso, a forma como eles ministravam os ensinamentos de Deus se tornou um fardo.

Também é importante lembrarmos que Paulo destaca nesse verso uma das funções da Lei: mostrar que somos pecadores (ler Romanos 3:20). Ela é chamada de “ministério da morte” por que mostra a nossa condição pecaminosa e, ao mesmo tempo, nos condena à morte eterna como punição (Romanos 6:23; ler 2 Coríntios 3:9). Por cauã dos Dez Mandamentos sentimos a necessidade de um Salvador e consequentemente vamos a Ele para sermos salvos (por Ele).

Portanto, Paulo está argumentando o seguinte em 2 Coríntios 3:7: “A Lei não é o meio de salvação, assim como pensam os judaizantes. Ela mostra nossa condição miserável para recorrermos a Jesus. Ela não tem função salvífica. Precisa ser obedecida com a ajuda do Espírito Santo (verso 6) por que é Ele quem a escreve no coração do ser humano (Hebreus 8:10)”. Longe de ser o caminho da salvação (Efésios 2:8, 9) a Lei é o resultado de um coração transformado pela graça de Jesus (Efésios 2:10; Tito 3:7-8). Paulo não está abolindo a Lei (mesmo porque Jesus não deu autoridade para ser humano algum fazer isso – ver Mateus 5:17-19), mas, colocando-a no seu devido lugar. Se não fosse esse propósito do apóstolo, 1 Timóteo 1:8 perderia o sentido:

“Sabemos, porém, que a lei é boa, se alguém dela se utiliza de modo legítimo” 1 Timóteo 1:8.

A Lei de Deus existente em toda a Sua Palavra é considerada “santa, justa e boa” (Romanos 7:12). Não cremos que Paulo tivesse “dupla personalidade” ao ponto de afirmar que o mandamento “santo, justo e bom” seja “o ministério da morte” quando observado da maneira correta.

Por que ele afirmaria que a Lei é boa e pode ser seguida de forma legítima se a mesma não mais vigora depois da morte de Cristo? Analisem isso todos os sinceros filhos de Deus que acessam esse blog.

Paulo incentiva em suas cartas uma obediência interna, pelo Espírito (2 Coríntios 3:6). Afinal, não existe desobediência pelo Espírito em Romanos 8. Quem ler esse capítulo e continuar crendo na ideia horrorosa de que a Lei foi abolida, terá de dar contas a Deus, pois, mesmo obedecendo a Deus com a ajuda do Espírito Santo, o texto é claro em afirmar que, os que não estão em harmonia com a Lei de Deus, O desagradam:

“Porque as pessoas que vivem de acordo com a natureza humana têm a sua mente controlada por essa mesma natureza. Mas as que vivem de acordo com o Espírito de Deus têm a sua mente controlada pelo Espírito. As pessoas que têm a mente controlada pela natureza humana acabarão morrendo espiritualmente; mas as que têm a mente controlada pelo Espírito de Deus terão a vida eterna e a paz. Por isso as pessoas que têm a mente controlada pela natureza humana se tornam inimigas de Deus, pois não obedecem à lei de Deus e, de fato, não podem obedecer a ela. As pessoas que vivem de acordo com a sua natureza humana não podem agradar a Deus.” Romanos 8:5-8 (Nova Tradução Na Linguagem de Hoje)

Deixar de lado a Lei é “viver de acordo com a natureza humana” o que trará morte espiritual. Viver no Espírito é, pela graça de Deus, obedecê-Lo (lembrando que a santificação é um processo que leva a vida toda). Como a tese antinomista (de que a lei foi abolida) pode resistir a tal argumento do apóstolo Paulo?

Por que Paulo foi tão rigoroso com os Gálatas?

Na resposta a seguir espero que esse irmão entenda de verdade a teologia de Paulo sobre a graça e a Lei. E que pare de pensar numa graça barata, que não transforma o pecador.

Também deseo que ele aceite definitivamente que Paulo não foi contra a observância da Lei, pois ele mesmo guardava toda ela (Atos 25:8; Romanos 3:31; 7:22, etc). Ao escrever aos Gálatas o apóstolo estava é condenando um sistema de religião que coloca a lei no lugar de Jesus. Como ele bem disse: “Sabemos, porém, que a lei é boa, se alguém dela se utiliza de modo legítimo” 1 Timóteo 1:8.

Em breve postarei os comentários desse irmão. Ainda não o fiz porque pretendo postar as devidas respostas juntamente. Enquanto isso, peço que, com carinho, ele analise o contexto histórico da carta aos Gálatas para não relacionar os adventistas com eles.

Lembrei de uma coisa: A carta de Tiago parece não ter sido lida por esse internauta…

Vamos à análise da questão proposta no título:

Paulo foi firme com os Gálatas porque eles estavam negando a salvação pela fé em Jesus. Quando lemos o capítulo 3:1-4 da carta, percebemos que os irmãos daquela igreja estavam fazendo da Lei (os cinco livros de Moisés, com todas as instruções ao povo de Deus) o meio de Salvação no lugar de Cristo.:

Ó gálatas sem juízo! Quem foi que enfeitiçou vocês? Na minha pregação a vocês eu fiz uma descrição perfeita da morte de Jesus Cristo na cruz; por assim dizer, vocês viram Jesus na cruz. Respondam somente isto: vocês receberam o Espírito de Deus por terem feito o que a lei manda ou por terem ouvido a mensagem do evangelho e terem crido nela? Como é que vocês podem ter tão pouco juízo? Vocês começaram a sua vida cristã pelo poder do Espírito de Deus e agora querem ir até o fim pelas suas próprias forças? Será que as coisas pelas quais vocês passaram não serviram para nada? Não é possível!” (Nova Tradução Na Linguagem de Hoje – Grifos acrescentados).

Para afastar de vez essa ideia perigosa da igreja, Paulo mostra-lhes que o perdão (justificação) é apenas pela fé, graças ao sacrifício substitutivo realizado por Cristo na cruz.

A lei, na teologia bíblica (e de Paulo) não pode ser o meio de salvação de pecadores (Efésios 2:8, 9). Ela é sim o resultado de um coração transformado pela graça (ver Efésios 2:10). Afinal, quando nos tornamos novas criaturas (2 Coríntios 5:17) a Lei de Deus é escrita em nosso coração (Hebreus 8:10) para que vivamos em santo procedimento (2 Pedro 3:11) aguardando a volta gloriosa de Jesus a esse mundo (2 Pedro 3:10-13).

Por isso, a função da Lei não é salvar, mas, nos levar ao Salvador (por nos mostrar nossa condição pecaminosa – ler Romanos 3:20) e ser o resultado da transformação que o Espírito Santo produz no crente (Efésios 2:10) durante o processo de santificação (2 Tessalonicenses 2:13; 1 Pedro 1:2) – que é diária.

Também não deixa de ser uma evidência externa de nosso amor por Cristo: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos.” João 14:15.

Gostaria que os irmãos de todas as confissões religiosas comentassem esse post para, juntos, chegarmos a um consenso sobre a relação entre a graça e a Lei. As argumentações precisar ser apoiadas NA BÍBLIA. O que acham?

Ficarei no aguardo. Um grande abraço!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Deus mandou matar pessoas inocentes? 2 Samuel 21

É difícil entender a Bíblia. Por que os descendentes de Saul foram mortos sendo que eles nada tinham a ver com a maldade dele?

Realmente há na Bíblia textos mais difíceis de serem entendidos em sua plenitude. Isso não significa que a mensagem central não possa ser compreendida, mas apenas demonstra a nossa limitação humana para penetrarmos os segredos de Deus. Também devemos considerar o fato de o pensamento hebraico e sua forma de se expressar serem diferentes – o que contribui para que certos textos pareçam obscuros.

No caso de 2 Samuel 21 podemos entender algo sobre o capítulo se analisarmos o mandamento de Deus em Deuteronômio 24:16 onde Ele diz: “Os pais não serão mortos em lugar dos filhos, nem os filhos, em lugar dos pais; cada qual será morto pelo seu pecado.” Perceba que o próprio Deus havia ordenado que, ao executar um criminoso, o povo jamais castigasse os descendentes dele.

Então, por que o Senhor autorizou que sete descendentes de Saul fossem mortos por causa da atitude criminosa dele para com os Gibeonitas?

Na verdade, quando lemos o verso 3 percebemos que dessa vez Davi não consultou o Senhor com havia feito antes (v. 1), mas sim os Gibeonitas. E, motivados pela ira e, quem sabe, baseados no fato registrado em Números 25:4, eles tenham entendido que a ira de Deus seria aplacada se os descendentes de Saul fossem mortos e pendurados.

Quando o verso 14 afirma que “Depois disto, Deus se tornou favorável para com a terra” ele expressa a visão de mundo do profeta. O escritor de 2 Samuel percebeu que depois de tal evento a maldição cessou – sem que isso signifique que Deus tenha apoiado o ato de Davi e dos Gibeonitas.

Nosso Criador teria outra forma de vingar os Gibeonitas. Mas, como o povo agiu dessa vez sem consultar ao Eterno, Ele permitiu que tal ação pecaminosa e injusta seguisse seu curso normal, pois, faz parte de Sua soberania dar o livre-arbítrio. Ele permite que coisas ruins aconteçam por que no conflito entre o bem e o mal Ele utiliza tais circunstâncias (que Ele não gosta) para mostrar ao universo a gravidade do pecado.

Podemos ver que Deus não apresentou a Davi essa “solução” para o problema. Quem fez foi o povo que queria vingança. O Senhor não poderia ir contra ao que Ele mesmo havia ensinado em Deuteronômio 24:16.

Espero que essas considerações lhe tenham sido úteis. Creio que todos os motivos para Deus permitir tal ato (mesmo Ele não consentindo) nos serão apresentados apenas quando estivermos com Cristo em Sua Segunda Vinda. Enquanto aguardamos este momento maravilhoso podemos viver confiantes de que o “justo juiz” (Gn 18:25) esclarecerá essa e outras questões da vida que nos incomodam (1Co 13:12; Hb 8:11).

Deus lhe abençoe ricamente,

domingo, 24 de outubro de 2010

A palavra plural “vidas” reafirma a reencarnação?

Um espírita argumentou que a palavra “vida” no hebraico é plural e, por isso, a doutrina da reencarnação seria bíblica. Isso é verdade? Há outros argumentos mencionados por ele e gostaria que me ajudasse…

Introdução

Severino Celestino da Silva tem argumentado fortemente a favor do espiritismo sem considerar a opinião bíblica sobre a natureza humana. A seguir mencionarei alguns dos argumentos dele com as devidas respostas bíblicas para tais afirmações.

Você verá que a doutrina da reencarnação não é bíblica e, portanto, originou-se na mente de outro autor – aquele chamado “príncipe das trevas”, em quem não há verdade (Jo 8:44).

Inicialmente recomendo que todo espírita leia o livro “Por Que Não Sou Mais Espírita”, de Maurício Braga (Casa Publicadora Brasileira – www.cpb.com.br). Esse advogado foi professor kardecista e seu contato com a Bíblia o fez rejeitar definitivamente o espiritismo.

O amigo espírita também poderá acessar no blog do programa (www.novotempo.com/namiradaverdade) a série de nove estudos que preparei sobre o assunto. Basta digitar no campo “Busca” a palavra “espiritismo”.

As variantes nas traduções bíblicas

Em um programa de TV Silva citou as diferentes traduções para o Salmo 19:8, por exemplo, para provar que as versões da Bíblia não são “confiáveis”. Ele desconsiderou que a variação de uma tradução para a outra não necessariamente contradiz a ideia central do texto e, que uma mesma palavra pode ter significados sinônimos.

Qualquer pessoa pode saber que os tradutores não traduzem a Bíblia para se contradizerem ou mostrarem quem é o melhor. As várias traduções da Bíblia existem para nos mostrar que a mesma ideia contida no texto pode ser apresentada de diferentes palavras e/ou formas de linguagem.

Foram tantas as aberrações sugeridas por Severino Silva que alguém pode pensar que todos erraram e que só ele e um professor ou outro de hebraico sabem da verdade sobre a correta tradução bíblica…

Ele disse que tem 22 Bíblias traduzidas para o português, mas, não parece que tenha dedicado tempo em estudá-las de forma coerente como Jesus, que ensinou em Lucas 24:27, 44 a doutrina da ressurreição e não a reencarnação. Afinal, ele ressuscitou e não “reencarnou”. E isso deveria nos dizer muito sobre no que realmente os judeus acreditavam!

As “contradições” que Silva encontrou nas traduções bíblicas são o resultado dos pressupostos espíritas dele e não da verdade dos fatos.

A natureza humana

Ao tratar do assunto “vida após a morte” ele esbarra num fato primordial: o de que o Hebreu via a natureza humana como sendo holística. Textos como Gênesis 2:7, Salmo 6:5, 13:3, 115:17 e 1 Tessalonicenses 5:23 nos mostram que na visão veterotestamentária (e neotestamentária, no caso da primeira carta a Timóteo) não há espaço para a “imortalidade da alma” fora do corpo.

Consequentemente, os Hebreus – em momento algum – escreveriam sobre a reencarnação, doutrina estranha à Bíblia e a toda base filosófica holística sobre a qual ela se encontra.

Os hebraístas têm consenso quanto a isso. Não é uma ideia minha.

Isso em si derruba toda a tese de Silva. Ainda mais se levarmos em conta que Elias “não precisou ser reencarnado” para atingir uma plenitude espiritual, pelo fato de ele ter ido vivo para o Céu (2Rs 2:1-18).

A Bíblia nega que Elias tenha “reencarnado em João Batista” e nos leva a questionarmos a veracidade do espiritismo no seguinte ponto: se a reencarnação existe, por que apenas Enoque (Gn 5:24) Moisés (Jd 1:9) e Elias (2Rs 2:1-18) teriam ido para o Céu (e chegado a um alto nível espiritual) sem terem reencarnado como “os demais” seres humanos?

Silva terá de responder a essa questão e provar que a mentalidade hebraica fazia separação entre a “alma” e o corpo, se quiser que o espiritismo seja verdadeiro (espero que ele não cite Gn 35:18 e 1Rs 17:21, 22, pois, a palavra “alma” empregada não significa o que ele quer ela signifique)

Ele também precisará provar que todos os textos contra o espiritismo foram mal traduzidos (como, por exemplo, Lv 19:31; Dt 18:10-14).

A palavra “vida” no hebraico

O argumento de que “vida” no hebraico pode ser traduzida por “vidas” não apóia a doutrina da reencarnação, pois, como vimos, a compreensão hebraica sobre a natureza humana (holismo) não se harmoniza com a doutrina espírita.

Sobre a pluralidade do termo “vida”, assim se expressou o erudito Stanley M. Horton:

“… Comentários mais antigos aceitam o plural hebraico, “fôlego de vidas”, e entendem que se refere à vida animal e intelectual, ou à física e espiritual. A Bíblia revela, de fato, que o espírito do próprio homem provém de Deus e voltará para Ele (Eclesiastes 12.7; Lucas 23.46; ver também João 19.30 onde Jesus entregou seu espírito). Outros trechos também enfatizam que Deus é a origem da vida e que o seu Espírito a produz (Jó 27.3;33.4). Se Ele a retirasse, toda a vida chegaria ao fim (Jó 34.14,15). Mesmo assim, possuir “fôlego de vida” é atribuída a todos quantos morreram no Dilúvio (Gênesis 6.17;7.22), bem como a todos os animais que entraram na arca (Gênesis 7.15). Sendo assim, uma atitude mais lógica reconhece que o plural hebraico não fala aqui de tipos diferentes de vida.

“No Hebraico, o plural é freqüentemente usado para representar plenitude, ou algo que flui. (Água sempre está no plural em Hebraico). É usado, também, para alguma coisa que revela muitos aspectos ou expressões. (As palavras face e céu também estão sempre no plural em Hebraico). A atenção em Gênesis 2.7, portanto, não recai no tipo de vida tanto quanto na origem da vida. O “fôlego de vida” pode simplesmente significar o fôlego ou Espírito de Deus que produz a vida, que dá ao homem seu “fôlego vital” ou sua “faculdade da vida”…” (“O que a Bíblia Diz Sobre o Espírito Santo”. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 1993, p. 12. Grifos acrescentados.)

Além disso, Hebreus 9:27 prova definitivamente que “vidas” no hebraico não se refere a diferentes tipos de vida. O judeu que escreveu o texto também compreendia a natureza humana como sendo um todo inseparável (holística) e, por isso, escreveu:

“E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo”

O texto afirma que o ser humano morre apenas uma vez (há casos especiais como o de Apocalipse 1:7). Se morre “uma vez”, não pode vir a reencarnar e ter “vidas”.

Conclusão

Como cristãos preferimos aceitar a tradução de Isaías 8:19, 20 que nos mostra ser o espiritismo (veja: não o espírita) obra do engano:

“Quando disserem a vocês: “Procurem um médium ou alguém que consulte os espíritos e murmure encanta­mentos, pois todos recorrem a seus deuses e aos mortos em favor dos vivos”, respondam: “À lei e aos mandamentos!” Se eles não falarem conforme esta palavra, vocês jamais verão a luz!” (Nova Versão Internacional).

Esse texto deixa clara a existência de uma tensão entre a Bíblia e o espiritismo. Sendo que duas coisas contraditórias não podem ser verdadeiras ao mesmo tempo, a razão nos diz que devemos aceitar um (a Bíblia) e rejeitar o outro (o espiritismo).

Com isso finalizo tal exposição deixando a Silva a responsabilidade de “provar” que, filosoficamente, duas coisas opostas são verdadeiras.

[Postarei esta resposta no blog para que outros tenham acesso a ela. Obrigado por me escrever!]

Um abraço

Adventistas: um “grupo aberrante”?

Ontem (28/09/2010), cinco dias após o nascimento de minha filhinha Yasmin, tive o privilégio de fazer parte de um momento marcante para o programa “Na Mira da Verdade”: a transmissão ao vivo durante 2h. Agradeço a todos vocês que acompanharam e deixo o meu abraço a você que lê este artigo!

Muitas perguntas me chamaram a atenção. Nossos irmãos de todas as denominações religiosas fizeram o programa acontecer – com cada pergunta… Uma melhor que a outra! Entretanto, o que mais me fez refletir foi aquela questão em que indagaram se a Igreja Adventista é ou não uma “seita”.

As acusações contra o adventismo são muitas. Poderia transcrever uma lista de “adjetivos” que são direcionados à fé adventista. Mas, para você ter uma ideia do que tem sido dito por aí, deixo-lhe a opinião de Norman Geisler e Ron Rhodes, apresentada no livro “Resposta às Seitas” (Rio de Janeiro, RJ: CPAD, 2008), p. 159. Ao falar de seitas que ensinam dietas alimentares e comemorações de festas religiosas, os autores não perderam tempo:

“Outros grupos aberrantes, como os Adventistas do Sétimo Dia, também acreditam que os cristãos ainda permanecem sob a lei mosaica”. (Grifos meus).

Há justificativa para tamanho preconceito? Pelo que estudamos ontem a respeito das 28 doutrinas fundamentais adventistas, a resposta é um NÃO. No momento em que Tito Rocha recebia as perguntas de nosso público, ele enquadrava-as em alguma de nossas doutrinas fundamentais. E, ao analisarmos cada uma delas, pôde-se perceber que, mesmo possuindo crenças distintivas (crença no dom profético dado a Ellen White, na doutrina do santuário e do juízo investigativo, bem como na reforma de saúde), os Adventistas do Sétimo Dia em seus seis grandes blocos de doutrinas demonstram ser praticamente iguais aos demais cristãos.

Ninguém é obrigado a gostar do adventismo. Mas se for um seguidor de Jesus, precisa gostar dos adventistas e crer como eles sobre os seis grandes blocos doutrinários que englobam suas 28 doutrinas. Quem ler o livro “Nisto Cremos” (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2008) verá que a Doutrina de Deus, a Doutrina do Homem, a Doutrina da Salvação, a Doutrina da Igreja, a Doutrina da Vida Cristã e a Doutrina dos Últimos eventos (Escatologia) em essência estão em harmonia com o cristianismo ortodoxo, que preserva as doutrinas fundamentais das Escrituras.

Por isso, me pergunto: será que se alguém ler sobre as crenças adventistas no livro “Nisto Cremos” – ao invés de se ater a fontes secundárias escritas por gente que acha saber alguma coisa – não chegaria à conclusão que, no sentido pejorativo do termo (seita) os adventistas não se enquadram? Sinceramente, creio que quem nos acusa de sermos uma “seita” está “mais por fora que arco de barril”.

Gostaria de fazer um convite a você, amado (a) leitor. Procure ler o livros como “Nisto Cremos” e/ou “Questões Sobre Doutrina” (Casa, 2010) antes de formar uma opinião definitiva sobre os adventistas. Mantendo contato com nossa literatura oficial (fontes primárias) você terá uma surpresa agradável: saberá que os adventistas são filhos de Deus, que creem na salvação pela fé em Cristo (Ef 2:8, 9) e aceitam o poder transformador do Espírito Santo que atua no íntimo (Hb 8:10) para os colocar em harmonia com a vontade de Deus (Fp 2:10).

Como diz o amigo Tito: “não tenha preconceito”. Estude, analise e, com nossas crenças em mãos, questione seu líder religioso para que ele tenha a oportunidade de saber mais sobre o assunto. Vocês poderão não aceitar todas as doutrinas nais quais acreditamos, mas, com certeza aprenderão a respeitá-las. Isso fará com que o adventismo seja visto com bons olhos e, assim, cada um de nós, mesmo discordando em algums pontos, trabalhará unido pelo mesmo motivo: o avanço do reino de Deus.

Após a leitura de um dos livros indicados, gostaria que respondesse à seguinte pergunta: “em qual dos 6 grandes blocos doutrinários ensinados pelo adventismo se vê a característica de um movimento sectário?”. Aguardarei com respeito suas considerações e despeço-me com um texto bíblico que li ontem, para nossa reflexão:

“Porém confesso-te que, segundo o Caminho, a que chamam seita, assim eu sirvo ao Deus de nossos pais, acreditando em todas as coisas que estejam de acordo com a lei e nos escritos dos profetas” (At 24:14)

Um abraço,

Quem são os Illuminati?

Algumas pessoas têm me contatado para obter informações sobre os Illuminati. A seguir, disponibilizo a resposta que dei a uma pessoa amiga.

Ótima leitura!

Resposta:

Você perguntou sobre os Illuminati. William Schnoebelen, ex-maçom, escreveu um livro intitulado “Maçonaria Por Trás da fechada de Luz” (Brasília: Propósito Eterno Editora, 2006) onde ele explica o significado da palavra Illuminat. Ele chama de “teóricos em conspirações” (p. 152) aquelas pessoas que afirmam ser esse grupo um “governo vasto e sombrio que busca dominar o mundo” (Ibidem). Ele está certo: há realmente aqueles que têm uma “síndrome de perseguição religiosa” e que “encontram” nas sociedades secretas pessoas “dispostas a persegui-las” por causa da fé. Isso é um exagero. Veja o que Schnoebelen escreveu sobre eles:

“O termo é o plural da palavra latim Illuminatus, que significa ‘o que é iluminado’. Desse modo, significa que uma pessoa recebeu por inteiro a iniciação que lhe foi oferecida pela maçonaria.

“Tecnicamente falando, um Illuminatus é um mestre maçom que recebeu toda ‘luz’ que a maçonaria pode conceder. Ele está além do 33º grau! (último grau de conhecimento na maçonaria) Tais pessoas são conhecidas como Mestres do Templo e são conhecidas coletivamente por outros nomes, além de os Illuminati.” (p.p. 152, 153).

Não devemos dar atenção ao grande número de artigos na Internet que mais se preocupam em alarmar do que instruir. Nossa preocupação não deve ser com algum ramo da maçonaria (mesmo que essa tenha um papel significativo no desenrolar da história) e sim em estarmos preparados para a Volta de Jesus (Ap 1:7) e não aceitarmos o sinal do poder representado pela besta de Apocalipse 13.

Se nos mantivermos fiéis a Deus nos últimos momentos da história, a graça de Cristo nos ajudará a sairmos vencedores na batalha entre o bem e o mal – mesmo que o diabo invista todo seu poder maligno para nos prejudicar. A comunhão com Cristo (Mt 11:28-30) e o conhecimento das profecias de Daniel e Apocalipse nos prepararão para enfrentarmos os acontecimentos que ocorrerão nos últimos dias: “Bem-aventurados aqueles que lêem e aqueles que ouvem as palavras da profecia [do livro do Apocalipse] e guardam as coisas nela escritas, pois o tempo está próximo.” (Ap 1:3).

Por isso, recomendo que adquira os livros “Uma Nova Era Segundo as Profecias de Daniel” e “Uma Nova Era Segundo as Profecias do Apocalipse”, de C. Mervyn Maxwell, com a editora Casa Publicadora Brasileira. Poderá acessar o site www.cpb.com.br ou telefonar para 0800 979-0606.

Deus lhe abençoe ricamente,

O apóstolo Paulo batizou por aspersão? Atos 16:33

Alguns argumentam que o grande apóstolo batizou o carcereiro (At 16:33) por aspersão por que imaginam não ter tido água suficiente na prisão para batizá-lo por imersão. Teria Paulo mudado a forma de batismo estabelecida por Jesus?

Com certeza, não. Provébios 30:5, 6 afirma que o ser humano não tem autoridade para mudar algo que Deus estabeleceu. Além disso, não podemos imaginar qualquer apóstolo querendo “corrigir” a Cristo.

A palavra “batismo” que aparece em Atos 16:33 vem do termo grego baptizo e significa “mergulhar repentinamente”. Portanto, isso indica que no cárcere onde Paulo batizou o carcereiro (Atos 16:33) havia uma fonte ou uma cisterna (reservatório de água cavado na terra e forrado com pedras – comum em cárceres), onde facilmente se poderia realizar o batismo nas águas.

Paulo jamais iria mudar a forma de batismo apoiada por Jesus e praticada pelos Seus discípulos: a por imersão. Veja:

“Ora, João estava também batizando em Enom, perto de Salim, porque havia ali muitas águas, e para lá concorria o povo e era batizado.” João 3:23.

“E eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus pecados.” Mateus 3:6.

Se o batismo bíblico fosse por aspersão, não haveria necessidade de João Batista batizar somente onde “havia… muitas águas” e dos discípulos batizarem “no rio Jordão”.

Deus recomenda que sejamos fiadores?

Se Davi pediu a Deus que fosse fiador dele; e Judá se ofereceu para ser fiador pela vida do irmão, por que não devemos fazer o mesmo?

“Filho meu, se ficaste por fiador do teu companheiro e se te empenhaste ao estranho, estás enredado com o que dizem os teus lábios, estás preso com as palavras da tua boca. Agora, pois, faze isto, filho meu, e livra-te, pois caíste nas mãos do teu companheiro: vai, prostra-te e importuna o teu companheiro; não dês sono aos teus olhos, nem repouso às tuas pálpebras; livra-te, como a gazela, da mão do caçador e, como a ave, da mão do passarinheiro.” (Pv 6:1-5)

“Quem fica por fiador de outrem sofrerá males, mas o que foge de o ser estará seguro.” (Pv 11:15)

“O homem falto de entendimento compromete-se, ficando por fiador do seu próximo.” (Pv 17:18)

Os textos que mencionou não são instruções para sermos fiadores. No Salmo 119:122 Davi está pedindo que Deus seja o fiador dele para que os soberbos não o oprimam. Já no texto de Gênesis 43:9 a Bíblia apenas menciona Judá se oferecendo para ser responsável pela vida do irmão mais novo. É uma menção e não uma ordem.

Biblicamente, o único fiador que não nos compromete é Cristo: “Por isso mesmo, Jesus se tem tornado fiador de superior aliança.” (Hb 7:22)

Fique com Deus,

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

É pecado comer algo vendido em festas juninas?

O que a Bíblia tem a dizer sobre o uso de alimentos vendidos em festas juninas? Algumas pessoas têm me perguntado se comer algo vendido em um lugar festivo não seria “tomar parte na idolatria”, já que tal alimento é disponibilizado em um contexto idólatra. Vamos analisar o princípio bíblico de 1 Coríntios 8. Muitos que vão para o lado do extremismo deveriam ler com atenção este capítulo. Por isso, iremos analisá-lo em três partes:

Parte 1: “No que se refere às coisas sacrificadas a ídolos, reconhecemos que todos somos senhores do saber. O saber ensoberbece, mas o amor edifica. Se alguém julga saber alguma coisa, com efeito, não aprendeu ainda como convém saber. Mas, se alguém ama a Deus, esse é conhecido por ele. No tocante à comida sacrificada a ídolos, sabemos que o ídolo, de si mesmo, nada é no mundo e que não há senão um só Deus. Porque, ainda que há também alguns que se chamem deuses, quer no céu ou sobre a terra, como há muitos deuses e muitos senhores, todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também, por ele.” (1Co 8:1-6)

Ao tratar dos alimentos sacrificados aos ídolos em templos pagãos, Paulo afirma no verso 4 que, o ídolo “de si mesmo, nada é” e que “há senão um só Deus”. Portanto, achar que o alimento oferecido a um ídolo irá “contaminar espiritualmente” uma pessoa é falta de fé no único Ser (Deus) que pode permitir que algo nos aconteça. Se os ídolos não são reais, não há motivos para se preocupar com eles.

Parte 2: “Entretanto, não há esse conhecimento em todos; porque alguns, por efeito da familiaridade até agora com o ídolo, ainda comem dessas coisas como a ele sacrificadas; e a consciência destes, por ser fraca, vem a contaminar-se. Não é a comida que nos recomendará a Deus, pois nada perderemos, se não comermos, e nada ganharemos, se comermos.” (1Co 8:7-8)

Mesmo que o comer um alimento oferecido a ídolo não influencie a vida espiritual, Paulo afirma que “não há esse conhecimento em todos”. Alguns, por terem tido familiaridade com a idolatria, ainda se sentem contaminados se comerem uma comida aparentemente “idólatra”. O apóstolo afirma que tais pessoas têm a consciência fraca e conclui: não é comida que nos recomendará a Deus. Por isso, nada iremos perder se não comermos e nada ganharemos se comermos. Portanto, o cristão é livre em Cristo para decidir.

Parte 3: “Vede, porém, que esta vossa liberdade não venha, de algum modo, a ser tropeço para os fracos. Porque, se alguém te vir a ti, que és dotado de saber, à mesa, em templo de ídolo, não será a consciência do que é fraco induzida a participar de comidas sacrificadas a ídolos? E assim, por causa do teu saber, perece o irmão fraco, pelo qual Cristo morreu. E deste modo, pecando contra os irmãos, golpeando-lhes a consciência fraca, é contra Cristo que pecais. E, por isso, se a comida serve de escândalo a meu irmão, nunca mais comerei carne, para que não venha a escandalizá-lo.” (1Co 8:9-13)

Nesse ponto a Bíblia equilibra o assunto e agrada a “gregos e troianos”. Apesar de o cristão ser livre para comer ou não um alimento dedicado a um ídolo, não deve usar de sua liberdade para ferir a consciência dos “fracos”. Paulo também afirma que pecar contra a consciência dos irmãos é pecar contra Cristo.

Desse modo, se o comer um alimento vendido em uma festa junina irá escandalizar um “fraco”, o melhor é não comer.

Podemos ver que, na perspectiva bíblica, nada há de mal em comer, por exemplo, uma pipoca que foi vendida em uma festa junina (se você não fizer parte de uma festa onde há bebidas alcoólicas – ler Sl 1:1-2). Porém, se isso fizer com que um irmão se escandalize, é melhor fazer a pipoca em casa.

Levemos em conta que nas festas juninas não se costuma oferecer os produtos alimentícios aos “santos”. Todavia, siga a sua consciência, como orienta 1 Coríntios 8:1-13.

Em qual dos dois grupos de 1 Coríntios 8 você se enquadra? Nos dos fortes ou fracos na fé? Isso é o que menos importa. O mais importante é que sua opinião seja respeitada – e que você respeito a opinião dos outros.

Um abraço,

Leandro Quadros.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

O argumento fracassado dos observadores do domingo – Apocalipse 1:10 (Parte 2)

O dia do Senhor na Bíblia

“Assim, pois, foram acabados os céus e a terra e todo o seu exército. E, havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a sua obra que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera.” Gênesis 2:1-3 (Não venha me dizer que aqui não é o sábado…)

“Lembra-te do dia de sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro; porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o SENHOR abençoou o dia de sábado e o santificou.” Êxodo 20:8-11.

“Respondeu-lhes ele: Isto é o que disse o SENHOR: Amanhã é repouso, o santo sábado do SENHOR; o que quiserdes cozer no forno, cozei-o, e o que quiserdes cozer em água, cozei-o em água; e tudo o que sobrar separai, guardando para a manhã seguinte.” Êxodo 16:23 (Não se esqueça que o aquecer fogo no deserto exigia muito esforço e trabalho. Eles não tinham palitos de fósforos ou isqueiros como nós)

“De que, trazendo os povos da terra no dia de sábado qualquer mercadoria e qualquer cereal para venderem, nada comprariam deles no sábado, nem no dia santificado; e de que, no ano sétimo, abririam mão da colheita e de toda e qualquer cobrança.” Neemias 10:31.

“Se desviares o pé de profanar o sábado e de cuidar dos teus próprios interesses no meu santo dia; se chamares ao sábado deleitoso e santo dia do SENHOR, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, não pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falando palavras vãs” Isaías 58:13.

“Porque o Filho do Homem é senhor do sábado.” Mateus 12:8 (Aqui e no texto seguinte Jesus não diz que é o “senhor do sábado” para desobedecer e sim para dar o exemplo, ensinando as pessoas a guardarem o sétimo dia da maneira correta).

“De sorte que o Filho do Homem é senhor também do sábado.” Marcos 2:28.

Onde na Bíblia o domingo é chamado de “dia do Senhor”?

Os textos são tão claros para o filho de Deus – regenerado pelo Espírito – que não farei maiores comentários. Cabe a cada um aceitar ou não o que Deus diz e depois prestar contas a Ele pessoalmente (Rm 14:12; 2Co 5:10).

Gostaria que os defensores do domingo me respondessem a pelo menos uma pergunta, das várias que surgiram com esse artigo:

Como João iria se referir ao domingo em Apocalipse 1:10, sendo que a primeira citação como sendo este o dia do Senhor aparece cerca de 70 a 75 anos DEPOIS dele escrever esse texto?

Aguardarei respostas sinceras e embasadas na Bíblia.

“Então, disse o SENHOR a Moisés: Até quando recusareis guardar os meus mandamentos e as minhas leis?” Êxodo 16:28

[Mensagem de Deus aos guardadores do domingo]

O argumento fracassado dos observadores do domingo – Apocalipse 1:10 (Parte 1)

Os observadores do domingo, em uma tentativa desesperada de defender o indefensável, apelam aos pais da igreja e ao texto de Apocalipse 1:10 para “provar” que o “dia do Senhor” não é o sábado. Leiamos o texto:

“Achei-me em espírito, no dia do Senhor, e ouvi, por detrás de mim, grande voz, como de trombeta” Apocalipse 1:10.

Eles pecam em duas coisas:

1) Em usar a autoridade dos pais da igreja no lugar da autoridade da Bíblia (Jo 17:17);

2) Em dizer que a expressão grega Kuriakê heméra (Dia do Senhor), utilizada em Apocalipse 1:10, se refere ao primeiro dia da semana.

Vamos analisar a fragilidade dessa argumentação e mostrar que a Bíblia continua sendo a autoridade para o cristão que respeita a Deus e a autoridade de Sua Palavra.

Os pais da igreja

Mesmo tendo sido homens piedosos em suas épocas, não podemos fazer de tais homens nossa autoridade final em assuntos doutrinários. Isso por que “Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens.” (At 5:29).

Veja no que alguns dos pais da igreja acreditavam e conclua por si mesmo se, em matéria de doutrina, eles são confiáveis 100%. As informações a seguir forma extraídas do livro Subtilezas do Erro (1981):

Inácio dizia que se torna assassino quem não jejua no sábado; defende a transubstanciação, considerando herege quem admite apenas o simbolismo da santa ceia e exalta demais a autoridade do bispo, pondo-a acima da de César, chegando ao cúmulo de afirmar que, quem não o consulta, segue a satanás.

Barnabé (se é que existiu tal personagem), diz que a lebre muda a cada ano o lugar da concepção, que a hiena muda de sexo anualmente, e a doninha concebe pela boca. Afirma que Abraão conhecia o alfabeto grego (séculos antes que tal alfabeto existisse) e alegoriza a Bíblia.

Justino ensinava, entre outros absurdos, que os anjos do céu comem maná e que Deus, no princípio do mundo, deu o sol para ser adorado.

Clemente de Alexandria sustenta que os gregos se salvam pela sua sabedoria; afirma que Abraão era sábio em astronomia e aritmética e que Platão era profeta evangélico.

Tertuliano diz regozijar-se com os sofrimentos dos ímpios no inferno. Afirma que os animais oram. Defende o purgatório e a oração pelos mortos.

Eusébio era ariano (negava a Divindade de Cristo)

Irineu quer que as almas, separadas do corpo, tenham mãos e pés. Defende a supremacia de Roma, alegando que a igreja tem mais autoridade que a Palavra de Deus. Defende ardorosamente o purgatório.

Tais homens são as autoridades doutrinárias dos observadores do domingo, caro leitor! Pasmem! Não foi por acaso que Adam Clarck, comentarista evangélico, disse sobre eles: “Em ponto de doutrina a autoridade deles é, a meu ver, nula” – Clarkes’s Commentary, on Proverbs 8.

A expressão Kuriakê heméra (dia do Senhor) se refere ao domingo?

Só para os desinformados. No grego clássico, realmente a expressão foi aplicada por alguns pais da igreja ao domingo. Entretanto, a Bíblia não foi escrita no grego clássico, mas, no grego koinê (comum, do povo). Por isso, precisamos buscar o significado da expressão no tipo de grego utilizado pelos autores do Novo Testamento. Isso é óbvio demais a ponto de nem ser preciso redigir um comentário desses no presente artigo. Mas, por amor à verdade, é bom deixar tudo bem claro.

Eis algumas evidências de que a expressão grega para “dia do Senhor” (no grego bíblico) não se refere ao primeiro dia da semana:

1) A primeira menção ao domingo como “dia do Senhor” encontra-se num escrito falsamente atribuído a Pedro, chamado “Evangelho Segundo Pedro” (cap. 9:35), datado pelo menos uns 70 a 75 anos após o período que João escreveu o Apocalipse.

Uma pergunta aos dominguistas:

Como João iria se referir ao domingo em Apocalipse 1:10, sendo que a primeira citação como sendo este o dia do Senhor aparece cerca de 70 a 75 anos DEPOIS dele escrever este texto? Impossível!

2) Justino Mártir (ano 150 d.C) quando alude a um costume que se implanta entre os cristãos de sua época a reunirem-se no 1o dia da semana, refere-se a esse dia com a expressão “dia do Sol” e não “dia do Senhor”.

3) O evangelho de João teria sido escrito mais ou menos na mesma década que o Apocalipse e, ao referir-se ao domingo, o apóstolo não o chama de “dia do Senhor”, mas meramente “primeiro dia”. Nenhum título de santidade é dado ao domingo (só na imaginação fértil dos que são contra o quarto mandamento da Lei de Deus)

4) Nem o Pai nem o filho reclamaram o domingo como “SEU” em qualquer sentido. Se seguirmos a lógica dos oponentes (em guardar o domingo por que Jesus ressuscitou no primeiro dia), poderíamos santificar a sexta-feira – o dia da crucificação. Ele não tem menos importância para nós cristãos! Por que não chamar o dia da “ascensão” de “dia do Senhor?” Qual critério bíblico é utilizado para dizer que o momento da ressurreição é mais importante que o dia em que Cristo morreu e subiu aos céus?

6) Toda a vez que o Novo Testamento se refere ao primeiro dia da semana, usa a expressão “primeiro [dia] após o sábado” (Mt 28:1; Mc 16:2; Lc 24:1; Jo 20:1,19; At 20:7; 1Co. 16:2). Ou, “segundo [dia] após o sábado”, etc. Isto dá mais valor ao sétimo dia como ponto central da semana, para os escritores evangélicos.

[Continua...]

sábado, 24 de julho de 2010

2012 – Fim do Mundo?




2012Esta história de filmes de ficção científica que passam a ser tratados como se fossem realidade, já passou dos limites. A gente nem bem se recuperou da ressaca que foi ficar respondendo a milhares de pessoas que os próprios criadores do filme “O Código da Vincci” o reconheciam como ficção, e já estamos novamente às voltas com pessoas desesperadas, telefonando até mesmo para a NASA, para saber se o mundo vai terminar em 21 de Dezembro de 2012.

Mais uma vez estamos aceitando ser tratados por Hollywood como “consumidores” e estamos digerindo com nosso cérebro mais uma de suas obras nefastas.

O filme “2012”, que não tem nenhuma base científica, e nem foi exibido ainda, já está alcançando seu “objetivo”. E, qual é mesmo o seu objetivo? Bem, ele já movimenta milhões de dólares em cima de um dos temas mais assustadores para a raça humana: A data do FIM DO MUNDO. Por causa dele, já são centenas de documentários de TV, camisetas, acessórios, artigos em revistas e jornais, discussões religiosas e filosóficas. Tudo girando em torno de uma filosofia tão conturbada e misturada, que até mesmo os Maias, se estivessem vivos hoje, duvidariam de sua veracidade.

Trata-se de uma mistura perigosa de profecias Maias, previsões de falsos profetas, filosofias Egípcias, e, para apimentar ainda mais a receita, uma pitada de distorções da Bíblia, a gosto de quem escreveu o reteiro. Logicamente que o “objetivo” não é esclarecer o assunto, mas fazer dinheiro.

Como se não bastasse tanta ignorância do assunto, por parte do povo em geral, no bojo de tanta “abobrinha filosofal”, aparece também outro tipo de ignorantes: os que pensam que estudaram o assunto e começam a emitir opiniões próprias. Um belo exemplo é o articulista André Petry, que teve seu enorme (e tendencioso) artigo publicado como capa de numa das revistas de maior circulação no pais, no início de Novembro.

Petry, que é um polido ridicularizador do tema do “ Fim do Mundo”, mostra-se avesso à religiosidade e apoia-se em sua pesquisa para levar seus leitores a, como ele, ridicularizarem, não o filme em si, mas quem leva o assunto do “Fim do Mundo” a sério.

Só que Petry se contradiz. Ele escorrega nas palavras.

É lógico que, para se acreditar no Fim, é preciso que se acredite em Deus, ou em algum tipo de Deus. OU seja, é preciso ser religioso. Ser, de certa forma, CRENTE, o que não é, nem de longe, o caso de Petry.

Descrente assumido, ao tentar explicar o porquê de as pessoas ainda procurarem informações sobre o fim do mundo em pleno século 21, Petry se perde, se contradiz ao afirmar coisas como: “Uma das explicações está no fato de que o nosso cérebro é uma máquina programada para extrair sentido do mundo. Assim, somos levados a atribuir ordem e significado às coisas, mesmo onde tudo é casual e fortuito.”[1]

Em primeiro lugar, se o cérebro foi programado, deve haver um programador, não é mesmo? E, quem seria este “programador”? Deus? O acaso? O caos?

Em segundo, se ele acredita mesmo no acaso, como, num mundo originado do caos, um cérebro, que teria surgido por acaso, poderia ser programado pelo acaso para extrair sentido do que, segundo ele mesmo, não faz sentido?

Desculpem-me! Mas acabei de parar pra pensar, e estou notando que meu artigo pode estar estar parecendo ofensivo demais! Talvez eu esteja fazendo exatamente como o articulista a quem critiquei e esteja caindo no mesmo erro de criticar os outros e não contribuir com nada útil. Mais uma vez, me desculpe! Antes de terminar, deixe com que eu me redima, escrevendo alguma coisa que realmente contribua para o seu conhecimento do assunto.

Vamos por outra linha de raciocínio! Vamos pensar: E se Deus existir mesmo?

Se Deus existe:

1. Então tudo teve um PRINCÍPIO.
2. Nada veio do ACASO, mas do Planejamento de Deus.
3. Então Petry, a quem eu só critiquei até agora, está certo ao afirmar que “o nosso cérebro é uma máquina programada para extrair sentido do mundo”. Sim, porque num mundo planejado por Deus, o cérebro perfeito, criado por Ele, sempre buscará a perfeição, e nunca se acostumará ao CAOS que hoje impera no mundo!
4. Se Deus existe, o mundo foi criado PERFEITO e precisa voltar à perfeição.
5. Se Deus existe, então Jesus veio a este mundo, morreu por quem o aceita. Ele ressuscitou, foi levado ao Céu e voltará para buscar aqueles que acreditam nele.
6. Se Jesus voltará para buscar os Seus, então não existe o FIM DO MUNDO, mas O INÍCIO DE UM NOVO MUNDO, depende apenas “de que lado você está”.
7. Enfim, O FIM DO MUNDO só existe para quem não acredita que Deus existe.

Há uns meses li na Bíblia um texto que me chamou muito a atenção. Está em II Pedro 3: 2 em diante:

“tendo em conta, antes de tudo, que nos últimos dias, virão escarnecedores com seus escárnios… e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Por que, desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio… Há, todavia, uma coisa, amados, que não deveis esquecer: que, para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos, como um dia. Não retarda o Senhor a Sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrario, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, Senão que todos cheguem ao arrepenimento.”

Como eu tenho certeza de que eu não preciso dizer mais nada, vou terminar deixando apenas com que a Bíblia termine de dizer o que falta. Ela vai apenas confirmar que, para quem está com Deus, não existe O FIM DO MUNDO, mas o NASCER DE UM NOVO MUNDO: “Nós, porém, segundo a Sua promessa, esperamos novos céus e nova Terra, nos quais habita justiça.” II Pedro 3: 13

Pr.Fernando Iglesias

 
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